31 de janeiro de 2008

Para meu amigo Maiacovski Texto:Vladímir Maiakóvski.Imagens: Marcoantonio

Á altura de três mil metro, se alça entre desfiladeiros,metendo-se entre as montanhas e os bosques tropicais. Jamais vi coisa igual á noite tropical que rodeia nosso vagão.No fundo absolutamente azul,ultramarino da noite,o corpo negro das palmeiras se assemelha á silhueta de artistas boêmios de abundantes cabeleiras alvoroçadas.
O céu e a terra parecem fugir. Em baixo e em cima brilham as estrelas. Em cima estão imóveis e em baixo voam.
São estrelas-vagalumes.

Jamais vi terra semelhante nem pensava que existisse.
No marco de uma alvorada rubra se erquiam os cactos manchados de luzes vermelhas.E só cactos,com enormes orelhas e verrugas.


O " moguey" cresce como enormes facas de cozinha. Os mexicanos fazem com ele o " pulque",uma bebida que parece semi-cerveja ou semi-vodka,para embriagaros índios famintos . Detrás dos "nopales" e do "moguey" se levantam outros cactos de estatura de cinco homens,semelhantes a finas chaminés ou ao órgão do conservatório,só que aquele é de cor verde escuro com agulhas e verrugas .



Um comentário:

Anônimo disse...

gosto de teu olhar, meu irmão. axé e inté. Nego jorge